A ligação de Karl Heinz Stock com o mundo da arte tem crescido organicamente ao longo do tempo. Mesmo quando estava a iniciar a sua carreira no meio corporativo, o seu escape criativo era a arte escultórica. O seu desenvolvimento neste mundo incluiu muitas mudanças, reajustamentos e mudanças globais de foco. Provavelmente, a realização mais profunda neste desenvolvimento foi na identificação do seu dom mais forte. Isso sendo como o criador da tela, e não como aquele que preenche essa tela.
Com os seus anteriores projectos de grupo Dança dos Ursos e Paixão, conseguiu reunir muitos artistas diferentes, conseguindo assim um resultado que era muito mais do que a soma das suas partes. Ao reunir uma tão vasta gama de talentos criativos, ele foi capaz de explicar visualmente ao público o quão diferentes, mas no entanto tão semelhantes, são todos os nossos pontos de vista.
E agora, com o seu último projecto, os Globos Multifacetados, volta a enfrentar este desafio, de apresentar diferentes interpretações, tudo numa só instalação. De facto, os Globos Multifacetados levam este conceito um passo mais longe, devido à forma como estão dispostos. Os globos estão dispostos propositadamente como uma instalação, pelo que não podem e não devem ser interpretados individualmente. Cada globo é uma parte do puzzle, à semelhança de como cada um de nós é uma peça do puzzle que é a humanidade.
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Imagine um espaço onde o planeta Terra pudesse ser visto a poucos metros de distância.
E se, além de o podermos ver, o pudéssemos modificar?
Talvez pudéssemos pintar uma cor mais brilhante, ou desenhar um rosto familiar, um animal, uma planta, ou talvez uma mistura de todos estes? Nada é impossível quando se trata de imaginação. Na exposição “Globos Multifacetados”, podemos ver 15 globos pintados diferentes que nos transportam para os lugares mais escondidos da Terra.
Conceptualmente foi uma exposição itinerante de 15 globos inspirada nos cinco continentes, centrada em três aspectos, a sua gente, natureza e características. Este projecto é uma representação do mundo, um mundo que todos nós partilhamos e que se centra na união e diversidade do planeta. Os globos pintados visam transportar-nos para os lugares mais escondidos deste planeta, despertando em nós pensamentos de sustentabilidade e da situação ambiental global, através dos olhos de 11 artistas multiculturais.
Ficou claro que cada detalhe deste projecto foi cuidadosamente curado, mas uma instalação desta magnitude vem com os seus desafios. O verdadeiro desafio tem sido a engenharia. Como erguer uma escultura flutuante de tais dimensões sem a utilização de maquinaria.
Karl Heinz Stock e o artista de soldadura Heinz Fereghin levaram mais de um ano a desenvolver a técnica e a construir a estrutura em aço inoxidável. Precisaram de 150 a 200 horas-homem para o transporte, montagem e desmontagem, o que significa que não podiam ter máquinas pesadas como uma empilhadora ou uma grua, o que teria tornado o trabalho muito mais fácil. Esta instalação, esta escultura é toda feita à mão, com escadas de dois degraus - ou seja, com cinco pessoas a fazê-la acontecer.
O mais proeminente dos artistas é o actual Franco Charais, de 92 anos de idade, um revolucionário e antigo Tenente-General do Exército Português e um dos pais fundadores da democracia portuguesa, que depois da sua carreira na política se transformou num artista. Os outros 10 fantásticos artistas locais são: